Espiritualidade Integral Leitura contextual: I Sm. 16:7; Mt. 9:10-13; Jo. 8:1-11; Lc. 7:36-50; II Co. 5:12; Cl. 2:23 Introdução Em toda cultura e em todo tempo houve confronto entre gerações e costumes, na história da igreja não é diferente. Na minha mocidade, meu conselho não nos permitia usar bateria no culto, bater palmas, e nem conversar no templo. Domingo era “Dia do Senhor”, não estou discordando, apenas relembrando como passamos por conflitos de gerações. Mas a pergunta é: Como reagimos? Em linhas gerais o grande problema é sempre achar que o que eu aprendi, da forma que me passaram é o absoluto e, portanto, qualquer outra forma ou ênfase temos dificuldade em aceitar. E como lidar com o que é diferente? Muitas inovações tem sido maravilhosa, outras questionáveis, mas qual é nossa postura diante de tantos modelos e formas? Visão Crítica Numa tentativa de estabelecer parâmetros ou limites para esse desencadeamento de movimentos, alguns enrijecem a forma, o modelo e o discurso. Se auto afirmando que somente eles são santos, certos ou salvos. Encontramos no N.T., O Senhor Jesus constantemente confrontando valores de um dos mais fortes grupos religiosos em Israel os Fariseus. Esses são mencionados 95 vezes no Novo Testamento, eles se tornaram ao lado dos Escribas, intérpretes autorizados da lei.Mas segundo a história eles surgiram com o nobre propósito de restaurar a Lei e Preserva-la, inclusive formalizando sua interpretação. Segundo eles, a Lei possuía 613 mandamentos, as quais passam a ser regras para reger o comportamento do homem. Mas o tempo passou e o que restou do Farizaismo no tempo de Jesus? Até mesmo o nome “Fariseu”. Não mais significava a intenção ideológica de “separados”, “ Santos”, mas pejorativo de falso, hipócrita, que prega e cobra dos outros o que não vive para si mesmo. O que aprendemos com o triste desvio da espiritualidade dos Fariseus? a) Que eles usavam de uma aparente postura e discurso zeloso, recheado de pretenso conhecimento para ferir as pessoas. Mt 12:39 e 23:33 (Mt 3:7) b) Atitudes discriminatórias e preconceituosas. Mt 9: 11,12 Se achavam melhores que as outras pessoas por isso acreditavam poder discrimina-las e julga-las. Não há nada que nos justifique afastar das pessoas por antecipação, sem da-las oportunidade de conhecer o amor e o perdão de Jesus. Nem nosso Status de santos ou conforto de bem estar entre os santos. Nesse sentido Jesus escandalizou os fariseus. (Mt 15:12) c) Priorizavam sua tradição em detrimento da verdade - Mt 9:14 e Mc 7:5. O Senhor Jesus não queria combater tradição, sempre que pode cumpriu-as a risco, por amor. Mas o essencial para nós é saber distinguir o fundamental do secundário. O que significa costumes, tradição e Doutrina bíblica apostólica. Mt 23:13. Eles não somente priorizavam a tradição, mas desvalorizavam a Palavra (Mt 15: 3 e 6). d) Proselitismo e não Evangelismo: Qual é a diferença? No evangelismo falamos do amor de Jesus e da salvação. No proselitismo fala-se de si mesmo e procura adeptos para sua religião. O evangelismo nos leva a alcançar a misericórdia. O proselitismo aumenta os filhos da Lei, que serão julgados segundo ela. e) Juízo sobre a vida das pessoas: Mt 9:34 Como isso interfere na vida das pessoas? Não é difícil avaliar a vida das pessoas pela aparência, pelo linguajar ou circunstância. Lembremos que o que mais traia esse comportamento dos fariseus era o ódio, ou orgulho preconceituoso. Por isso que, quando Jesus comia com pecadores, conversava com meretriz, tocava em leprosos os agredia tanto. Por isso cuidado. Tenho conhecido uma lista de pregadores nacionais, que hoje estão revendo duros sermões, ao experimentar da Graça de Deus, após seus próprios fracassos, por quê ? Porque o verdadeiro amor se aperfeiçoa na fraqueza. f) Grande preocupação com aparência, mas o conteúdo... Jô. 7:24; Mt 23 São textos clássicos em que Jesus confronta essa triste realidade. Lembremos do texto do livro de Samuel citado na leitura contextual. Não estamos combatendo a sinceridade nem a verdade, mas destacando o valor para Deus da integralidade. Conclusão Não podemos simplesmente enumerar ou identificarmos os pontos falhos do comportamento dos fariseus sem olharmos para Jesus e perceber como Ele reagia a essa tendência da natureza humana. O Mestre em primeiro lugar encarnou a verdade, afinal Ele é O Verbo Jo: 1.. Passou a viver a verdade de forma simples e foi o “Eu Sou...” vejamos pelos Salmos 126, 127, como é simples a vida do homem feliz. Para que isso se cumpra é preciso confiança n’Ele E por último tudo isso motivado pelo amor. “ mulher aonde estão os teus acusadores? João 8:10 Tenha coragem em ser diferente, em amar mesmo os discriminados. Qual é a razão de tudo isso? Não tire os olhos de Jesus e simplesmente tenha coragem de segui-lo em qualquer circunstância, independentemente do que acham ou pensam sobre você.     Fonte: PR. IAN CARLOS - C.E Videira Voltar